Representações sociais do empreendedorismo no feminino e no masculino: investigação com estudantes / Social representations of male and female entrepreneurship: a research with students / Representaciones sociales del emprendedurismo en femenino y en masculino: investigación con estudiantes

Neste artigo entende-se o empreendedorismo como um processo socialmente construído por cognições sociais e práticas quotidianas que moldam e são moldadas pelas relações de gênero. O objetivo do estudo foi conhecer as representações sociais do empreendedorismo, uma atividade geralmente formulada como masculina. Esperava-se que as representações e estereotipia de gênero influenciassem as concepções de empreendedor e empreendedora. Usou-se a técnica de associação livre de palavras, com posterior análise de núcleo central e periférico de representações. Concluiu-se que existe uma valorização de atributos como liderança, dinamismo e criatividade ou inovação. Estes atributos estão associados à ideologia Schumpeteriana de empreendedorismo. No entanto, no núcleo periférico de representações surgiram nuances mais complexas e críticas. Verificou-se também uma associação entre atributos do empreendedorismo e atributos estereotipadamente masculinos, enquanto emergiu maior heterogeneidade nas representações de mulher empreendedora pela evocação de atributos associados ao estereótipo de feminilidade (simpatia, beleza, elegância, vaidade).

Entrepreneurship is considered a process that is socially constructed by social cognitions and everyday practices that shape and are shaped by gender relations. The aim of this study was to understand social representations of entrepreneurship, an activity generally formulated as a masculine one. The expectation was that gender representations and stereotypy influenced the conceptions about men and women entrepreneurs. We used the method of free word association, with analysis of central and peripheral representations. A valuation of attributes was found, such as leadership, dynamism, creativity and innovation. These attributes are associated with the Schumpeter ideology of entrepreneurship. However, the peripheral core representations come with more complex and critical nuances. An association between attributes of entrepreneurship and male stereotype was found, whereas a greater heterogeneity emerged in representations of entrepreneurial women, evoking attributes associated with the female stereotype (friendliness, beauty, elegance, vanity).

En este artículo se entiende el emprendedurismo como un proceso socialmente construido por cogniciones sociales y prácticas cotidianas que forman y son formadas por las relaciones de género. El objetivo del estudio fue conocer las representaciones sociales del emprendedurismo, una actividad generalmente formulada como masculina. Se esperaba que las representaciones y estereotipos de género influyeran en las concepciones de emprendedor y emprendedora. Se utilizó la técnica de asociación libre de palabras, con el posterior análisis del núcleo central y periférico de representaciones. Se concluye que existe una valoración de atributos tales como liderazgo, dinamismo y creatividad o innovación. Estos atributos están asociados con la ideología Schumpeteriana de emprendedurismo. Sin embargo, en el núcleo periférico de representaciones aparecieron matices más complejos y críticos. Se averiguó también una asociación entre los atributos del emprendedurismo y atributos estereotípicamente masculinos, mientras que una mayor heterogeneidad surgió en las representaciones de las mujeres emprendedoras por el recuerdo de atributos asociados al estereotipo de la feminidad (simpatía, belleza, elegancia, vanidad).

Group psychological abuse: taxonomy and severity of its components / Abuso psicológico en grupos: taxonomía y severidad de sus componentes

The purpose of this study was to delimit group psychological abuse through a psychosocial approach. An operational definition of the phenomenon and a taxonomy of group psychological abuse strategies were proposed based on a review of the scientific literature. A panel of 31 experts in the area evaluated the content of the taxonomy and judged the severity of the strategies through a Delphi study. Group psychological abuse was defined by the application of abusive strategies, their continued duration, and their ultimate aim, i.e., subjugation of the individual. The taxonomy showed adequate content validity. Experts’ judgments allowed for hierarchically organizing the strategies based on their severity, being the most severe those directed to the emotional area. Operationalizing, classifying, and organizing the strategies hierarchically contributes to a better delimitation of the phenomenon, which is useful for both the academic and applied fields (AU)

Se diseñó un estudio con el propósito de delimitar el abuso psicológico en grupos desde una aproximación psicosocial. A partir de una revisión de la literatura científica, se propuso una definición del fenómeno y una taxonomía de las estrategias de abuso psicológico en grupos. Un panel de 31 expertos evaluó el contenido de la taxonomía y juzgó la severidad de las estrategias a través de un estudio Delphi. El abuso psicológico en grupos es definido por la aplicación de estrategias abusivas, su duración continuada y su objetivo último, el sometimiento del individuo. La taxonomía mostró una adecuada validez de contenido. El juicio de expertos permitió jerarquizar las estrategias en función de su severidad, siendo las más severas aquellas que inciden en el ámbito emocional. Operativizar, clasificar y jerarquizar las estrategias contribuye a una mejor delimitación del fenómeno, útil tanto en el campo académico como en el aplicado (AU)

Crítica, autocrítica y construcción de teoría en la psicología social latinoamericana / Critique, self-critique and theory construction in Latin American social psychology

En este artículo se presenta una definición de psicología crítica señalando los aspectos que le otorgan esta condición. La presencia de esas características en la psicología social latinoamericana es analizada por medio de ejemplos tomados de la producción contemporánea en esa parte del continente (desde finales de los ochenta hasta la década actual). Específicamente, se analizan trabajos de psicología social comunitaria y psicología política que abordan la identidad, el poder y su forma de usarlo, la exclusión y la legitimidad social de ambas áreas de investigación y acción, así como el efecto de la crítica y la autocrítica en la construcción de teoría. También se discuten aspectos relacionados con la complejidad y las diferentes maneras de enfocar los problemas psicosociales.

This paper presents a definition of critical psychology, pointing out the aspects that give psychology such condition. The presence of those aspects in latin american social psychology is analyzed by means of examples taken from contemporary production (from the late 80's to the current decade), specifically from community social psychology and political psychology, which address aspects like identity, power and its use, social exclusion, and social legitimacy of both areas of research and action, as well as the effect of critique and selfcritique in the construction of theory. The complexity of psychosocial problems and the different ways to approach them are also discussed here.

Patrimônio Imaterial Nacional: preservando memórias ou construindo histórias? / Intangible Heritage National: preserving memories or building histories?

Este texto tem como objetivo tecer algumas reflexões sobre a atribuição do título de Patrimônio Nacional Imaterial aos saberes, modos de fazer e viver de alguns grupos localizados em diferentes regiões do Brasil. O objeto de discussão são os bens imateriais já patrimonializados e considerados de relevância nacional para a construção da memória, da identidade e da formação da sociedade brasileira. Na tentativa de contribuir para a discussão, defendemos que a patrimonialização de bens imateriais não diz respeito somente ao registro e a preservação dos costumes, dos modos de fazer e saber de um grupo ou comunidade, mas significa uma intervenção em todo um conjunto de relações concreta e imediatamente vividas por esses grupos e comunidades. Enquanto saberes locais, costumes, modos de viver e fazer dos grupos, se enraízam e se reconstroem nos espaços a que pertencem, nas relações afetivas, nas experiências vivenciadas e nas memórias dos grupos que as mantém.(AU)

This text aims to make some reflections on the award of the title of National Intangible Heritage of knowledge, ways of living and making to a few groups located in different regions of Brazil. The object of discussion are the intangible assets already patrimonializated and considered of national importance for the construction of memory, identity and the formation of Brazilian society. In an effort to contribute to the discussion that advocate patrimonialization of intangible assets not only relates to the registration and preservation of customs, ways of doing and knowing of a group or community, but it means an intervention in a whole set of relationships concrete and immediately lived by those groups and communities. As local knowledge, customs, ways of living and making of the groups, they anchor and are being rebuilt in the spaces to which they belong, in affective relations, in lived experiences and in the memories of the groups that keep them alive.(AU)

Partilha do sensível na comunidade: interseções entre psicologia e teatro / Sharing the sensible in the community: intersections between psychology and theater

O objetivo deste artigo é promover uma discussão sobre psicologia e teatro, buscando compreender algumas relações e efeitos possíveis quando ambos se aproximam e se voltam para a produção de subjetividade nas comunidades populares. Um conceito central é o de partilha do sensível, formulado por Jacques Rancière. O texto discute as formas que a partilha do sensível configura tanto no teatro quanto na psicologia comunitária quando estes se propõem a ser vetores da transformação social, e aponta entraves quando estes se limitam à representação convencional dos conflitos sociais. Outro aspecto considerado é a necessidade de dar mais relevo aos processos de produção de desejo na comunidade.(AU)

This essay aims to discuss psychology and theater, their relations and possible effects when they are both involved with the production of subjectivity in popular communities. One main concept is the distribution of the sensible, created by Jacques Rancière. The text analyses the distribution of the sensible performed by the theater and by community psychology when they search social transformation. This study's conclusions indicate that the persistence of the conventional representation of the social conflicts constitutes an obstacle shared by psychology and theater, and point to the necessity of giving more relevance to the production of desire in the community.(AU)

Partilha do sensível na comunidade: interseções entre psicologia e teatro / Sharing the sensible in the community: intersections between psychology and theater

O objetivo deste artigo é promover uma discussão sobre psicologia e teatro, buscando compreender algumas relações e efeitos possíveis quando ambos se aproximam e se voltam para a produção de subjetividade nas comunidades populares. Um conceito central é o de partilha do sensível, formulado por Jacques Rancière. O texto discute as formas que a partilha do sensível configura tanto no teatro quanto na psicologia comunitária quando estes se propõem a ser vetores da transformação social, e aponta entraves quando estes se limitam à representação convencional dos conflitos sociais. Outro aspecto considerado é a necessidade de dar mais relevo aos processos de produção de desejo na comunidade.

This essay aims to discuss psychology and theater, their relations and possible effects when they are both involved with the production of subjectivity in popular communities. One main concept is the distribution of the sensible, created by Jacques Rancière. The text analyses the distribution of the sensible performed by the theater and by community psychology when they search social transformation. This study's conclusions indicate that the persistence of the conventional representation of the social conflicts constitutes an obstacle shared by psychology and theater, and point to the necessity of giving more relevance to the production of desire in the community.

Patrimônio Imaterial Nacional: preservando memórias ou construindo histórias? / Intangible Heritage National: preserving memories or building histories?

Este texto tem como objetivo tecer algumas reflexões sobre a atribuição do título de Patrimônio Nacional Imaterial aos saberes, modos de fazer e viver de alguns grupos localizados em diferentes regiões do Brasil. O objeto de discussão são os bens imateriais já patrimonializados e considerados de relevância nacional para a construção da memória, da identidade e da formação da sociedade brasileira. Na tentativa de contribuir para a discussão, defendemos que a patrimonialização de bens imateriais não diz respeito somente ao registro e a preservação dos costumes, dos modos de fazer e saber de um grupo ou comunidade, mas significa uma intervenção em todo um conjunto de relações concreta e imediatamente vividas por esses grupos e comunidades. Enquanto saberes locais, costumes, modos de viver e fazer dos grupos, se enraízam e se reconstroem nos espaços a que pertencem, nas relações afetivas, nas experiências vivenciadas e nas memórias dos grupos que as mantém.

This text aims to make some reflections on the award of the title of National Intangible Heritage of knowledge, ways of living and making to a few groups located in different regions of Brazil. The object of discussion are the intangible assets already patrimonializated and considered of national importance for the construction of memory, identity and the formation of Brazilian society. In an effort to contribute to the discussion that advocate patrimonialization of intangible assets not only relates to the registration and preservation of customs, ways of doing and knowing of a group or community, but it means an intervention in a whole set of relationships concrete and immediately lived by those groups and communities. As local knowledge, customs, ways of living and making of the groups, they anchor and are being rebuilt in the spaces to which they belong, in affective relations, in lived experiences and in the memories of the groups that keep them alive.

¿Qué unidades debemos emplear? Las “dos disciplinas” de la psicología de la personalidad / What units should we employ? “Two disciplines” in personality psychology

Uno de los debates más duraderos en psicología de la personalidad hace referencia a las unidades de análisis que definen la disciplina. El problema fue formulado por G.W. Allport hace ya varias décadas, fue ampliamente discutido con la crisis de la consistencia y, en la actualidad, parece recrudecerse, con dos grandes posturas enfrentadas: los modelos de rasgos (especialmente el modelo de cinco factores) y los planteamientos socialcognitivos. Este artículo realiza una revisión del debate, examinando ambas posturas, su historia, argumentos y puntos críticos. Además, se analiza en qué medida los dos planteamientos son realmente antagónicos, y se revisan las alternativas que se han propuesto para su integración. Las conclusiones de esta revisión crítica muestran que, pese a las diferencias, los modelos basados en rasgos y las modernas propuestas socialcognitivas presentan semejanzas nada triviales, lo cual abre puertas a la integración. La psicología de la personalidad debe contemplar un amplio rango de unidades (de las más estáticas a las más cambiantes), y para ello los modelos multinivel suponen una interesante opción

One of the more pervasive controversies in personality psychology deals with the units needed to define the discipline. The problem was posed by G.W. Allport some decades ago; then, it was widely discussed during the consistency crisis, and now, it seems to arise again, with two confronted proposals: trait models (particularly, the Five Factor Model) and socicognitive models. This paper reviews the debate, examining both positions, their history, statements and critical points. The paper also discusses to what extent the two proposals are actually antagonistic, and reviews the integrative options. This critical review concludes that, in spite of the differences, trait-based and sociocognitive models show non-trivial similarities, which open doors to integration. Personality psychology should look at a wide variety of units (from the most static to the most mutable), and, for that reason, multilevel models are shown as an interesting option

Problemática actual del apoyo social y su relación con la salud: una revisión / Current issuess on social support and their relationships with health: a review

La fibrosis quística es una enfermedad autosómica causada por mutaciones el gen que modula la proteína CFTR responsable del canal de cloro. La enfermedad se caracteriza por infecciones crónicas del aparato respiratorio, insuficiencia pancreática y concentraciones elevadas de electrolitos en sudor. Aunque se trata de una enfermedad multisistémica, la alteración pulmonar es la causa mayor de morbilidad y mortalidad. La insuficiencia pancreática exocrina está presente en la mayoría de los pacientes. Hasta hace poco tiempo, el diagnóstico se basaba en criterio clínicos y esencialmente en la elevación del cloro en sudor. Ahora se conocen más de novecientas mutaciones responsables de la enfermedad y la demostración de alguna de estas o la demostración in vivo de la alteración del transporte iónico en el epitelio nasal, son también criterios diagnósticos. El tratamiento se basa en la prevención controlando cuidadosamente los aspectos nutritivos, gastrointestinales y pulmonares para permitir un crecimiento y desarrollo normal del niño que permita llegar a la edad adulta en buenas condiciones. Esta extensa revisión sobre el controvertido tema del apoyo social se inicia con una breve historia cronológica del concepto de apoyo social. Se abordan luego las distintas definiciones del mismo y, a través de ellas, se ha ido rastreando la evolución y complejización que ha sufrido el concepto a través del tiempo. A continuación, se han clasificado las diferentes conceptualizaciones del apoyo social, tanto desde la perspectiva estructural como funcional, incluido el planteamiento de considerar al apoyo social como metaconstructo. Se han descrito las múltiples medidas creadas a partir de las diferentes conceptual izaciones, las distintas perspectivas teóricas y algunos modelos relevantes que intentan explicar los mecanismos a través de los cuales el apoyo social afecta a los individuos, considerando sus aspectos positivos y negativos. Por último, se relaciona el apoyo social con la salud psíquica y física y la influencia positiva y negativa que ejerce en la misma. También se ven los posibles mecanismos causales a través de los cuales los factores sociales influyen en la enfermedad y la utilización del apoyo en la modificación y el mantenimiento de hábitos, tanto beneficiosos como perjudiciales, para la salud del individuo (AU)

Culture and social psychology / Psicología Social y Cultura

Conceptions of culture, collective memory, ethnic identity and cultural explanations are reviewed and criticized. Subjective culture is conceived off as shared denotative, connotative and pragmatic knowledge. Culture is conceptualized as fluid tension systems in which there is a coexistence of heterogeneous and contradictory aspects. Cultural values designed what is desirable in societies and are related to five basic themes of social coordination, like the relation with authority; the relationship between the person and society; the concept of masculinity and femininity, conflicts and their resolution and the conception of time. Cultural explanations posits that a social behavior in accord with a widely shared moral attitude occurs in spite the situation may offer different opportunities. A cultural explanation should be tested against situational and socio-structural explanations. Direct assessment of the norm and values are necessary to avoid tautological reasoning in cultural explanations. Culture is also a set of regular situational contingencies or collective and practices and subjects learn to define situations and practices in cultural perspective. A cultural explanation should pit «desirable institutional arrangements» against non-volitional situational contingencies or socio-structural characteristics that are the effects of non desired historical changes. Culturalist explanation assume that culture arise in an dependent manner of situational forces, like peasantry life style and the representations of limited good, social life in slums and culture of poverty, or herding economies, state weakness and dominance of cavalry as social career and honour culture. Non obstant values and norms have a life apart from the situations and endure beyond the demise of original situations, as shows the culture of honour case. However, most of data on culture and socioeconomic development shows that individualism and protestant work ethic’s (PWE) beliefs are a result and not a cause of economical growth. Contrary to Weber’s ideas the PWE were more strongly endorsed in poorer, collectivistic and high power distance societies. Finally, some data suggest that culture can act as independent variable, like is the case of social capital and economic development (AU)

Los conceptos de cultura, memoria colectiva, identidad étnica y de explicaciones culturalistas se exponen de manera crítica. La cultura subjetiva es definida como el conocimiento compartido denotativo, connotativo y pragmático. La cultura se conceptualiza como un sistema de tensiones en flujo en el que coexisten aspectos heterogéneos y contradictorios. Los valores culturales designan lo que es deseable en cada sociedad y están asociados a cinco temas básicos de coordinación social: la relación con la autoridad, la relación entre la persona y la sociedad, el concepto de masculinidad y femineidad, la resolución de conflictos y el concepto del tiempo. Una explicación culturalista es aquella que afirma que una conducta social ocurre con una actitud moral ampliamente compartida, pese a que la situación permite que otras conductas puedan llevarse a cabo. Una explicación culturalista debe siempre contrastarse con explicaciones alternativas socioestructurales e institucionales. Mediciones directas de las normas y valores, independientes de las conductas que supuestamente las reflejan, son necesarias para evitar los razonamientos tautológicos que amenazan a las explicaciones culturalistas. La cultura consiste también en un conjunto de contingencias situacionales que ocurren con regularidad o prácticas colectivas y las personas aprenden a definir las prácticas y situaciones desde una perspectiva cultural. Una explicación culturalista debe oponer los arreglos institucionales deseables a las contingencias situacionales involuntarias o las características socio-estructurales que son los efectos de cambios históricos no deseables. Las explicaciones culturalistas asumen que la cultura se desarrolla determinada por fuerzas situacionales, como las condiciones de vida del campesinado determinan la representación del «bien limitado», o la vida social en los barrios pobres determina la «cultura de la pobreza», o el pastoreo, la debilidad del Estado y la caballería como carrera social dominante, determinan la cultura del honor. Pese a estar determinadas por las situaciones sociales, los valores y las normas tienen una existencia más allá de las situaciones que las engendraron y perduran más allá de la desaparición de las situaciones en las que surgieron, como muestra el caso de la cultura del honor. Sin embargo, la mayoría de los estudios sobre cultura y desarrollo socio-económico muestran que el individualismo y la Ética Protestante del Trabajo (EPT) son el resultado y no la causa del crecimiento económico. Al contrario de las ideas de Weber, la EPT era compartida más fuertemente en las sociedades pobres, colectivistas y de alta distancia al poder. Finalmente, algunos estudios muestran que la cultura puede actuar como una variable independiente, como es el caso del «capital social» y el desarrollo económico (AU)

Emotions: reflections from a socioconstructionist perspective / Las Emociones: reflexiones desde una perspectiva Socioconstruccionista

Emotions have been a topic long forgotten by psychologists, something, which is especially serious given the importance they have in our lives and in the proper constitution of the human being. Nevertheless, this important mistake has been corrected during the last years. Although there is still a long way left, however, we have probably advanced in the psychological study of emotions much more during the last ten or fifteen years than during the previous decades. This advance has taken place basically through two different paths: on the one hand, through the acknowledgement of the complexity of emotions and their multiple composition, given that they have biological, psychological, social and cultural elements; on the other hand, through the growing confirmation of their social and cultural nature, up to the point that this nature is now widely accepted. This happens because emotions, as in fact the rest of psychological phenomena, are mainly social constructs. In other words, the socioconstructionist perspective is probably the most promising when it comes to accurately understand what emotions are and which is their role in our lives and even in our own constitution as human beings (AU)

Las emociones han sido un tópico demasiado olvidado por los psicólogos, lo que es especialmente grave dada la importancia que ellas tienen en nuestras vidas y en la propia constitución del ser humano. Sin embargo, a lo largo de los últimos años se está corrigiendo este grave error. Aunque aún hay mucho camino por recorrer, sin embargo, en el estudio psicológico de las emociones probablemente hayamos avanzado más en los diez o quince últimos años que en muchas décadas anteriores. Y este avance viene fundamentalmente por dos vías: por una parte, por el reconocimiento de la complejidad de las emociones así como de su multicomposición, dado que poseen elementos biológicos, psicológicos, sociales y culturales; y por otra, por la cada vez mayor constatación de su naturaleza social y cultural, hasta el punto de ser cada vez aceptada su naturaleza social y cultural. Y es que las emociones, como los demás fenómenos psicosociales, son ante todo constructos sociales. Esta, la perspectiva socioconstruccionista, probablemente sea la más prometedora de cara a entender adecuadamente qué son realmente las emociones y qué papel juegan en nuestras vidas e incluso en nuestra propia constitución como sujetos (AU)